domingo, 8 de fevereiro de 2015

Ser mãe de dois ou não ser, eis a questão!

Assim que descobri que estava grávida do meu segundo filho (o primeiro tinha apenas 4 meses) um turbilhão de pensamentos me afligiam , apesar de ser uma gravidez desejada e não por acidente ela aconteceu mais rápido do que eu imaginava e isso me deu um baita susto. Eu não sabia como ia ser, se eu ia dar conta, se minha decisão tinha sido certa, se eu faria meu filho mais velho feliz.
Muitas pessoas têm vários palpites sobre o assunto, todo mundo conhece a filha da vizinha, ou o fulano da padaria, que passou pela mesma situação. E ai tem gente que fala muita, mas muita besteira, outras nem tanto.
Vou começar contando do pior sentimento que eu já tive na vida: o medo do parto! Sim, a minha ida a maternidade pela segunda vez não foi tranquila, apesar de eu tentar esconder a todo custo de todos. Sabe, nem sempre a gente quer se abrir, desabafar e principalmente saber a opinião das pessoas. Vou ser bem sincera, eu tive medo de não voltar pra casa, de faltar para o meu filho mais velho; indo pra sala de parto eu jurei que não teria mais nenhum filho. Eu não podia arriscar minha vida sabendo que eu tinha uma criança tão dependente de mim. Eu só queria que aquela cirurgia acabasse logo.
Passado esse momento deprê veio aquele serzinho tão iluminado, tão lindo, tão meu! E eu já nem lembrei mais do que passei antes.
Todo mundo me dizia que o segundo filho era mais fácil, que eu já tinha prática, mas não foi isso que eu senti. Aquele neném tão pequeno, tão molinho, parecia que ia quebrar. Eu estava acostumada com um mocinho de 1 ano , todo durinho. Os primeiros dias não foram fáceis, mas eu logo me acostumei a ter aquela fofura comigo.
A gente sente um pouco de culpa por dividir a atenção do mais velho, e no começo temos que ser cuidadosos com ele e ir fazendo brotar o amor entre os irmãos. Sempre incluímos o Benício em tudo, desde o primeiro dia, e de lá pra cá sempre pedimos para um abraçar o outro, beijar e comemorar cada conquista. Na nossa casa quando um maninho acorda o outro faz festa, todos fazemos, batemos palma e falamos: Vivaaaa o maninho acordou ! E é assim pra tudo! Vocês não acreditam na fofura que é ver esses dois juntos dando milhões de demonstrações de amor e cuidado um com o outro.
Ter dois filhos é maravilhoso, no nosso caso dois meninos foi o que eu pedi pro papai do céu. Não que eu não fosse ficar feliz se viesse uma menina, mas desejava muito outro menino para eles serem companheiros. E isso é uma coisa que ninguém entende. Sempre alguém fala: pena que não foi uma menininha! Oiiii???? Pasmem, já escutei muito isso. E tem aquelas pessoas que querem que eu faça a menininha! Hahahaha! Quem sabe daqui uns 10 anos!
Ser mãe é uma benção, mas o cansaço é inevitável. Às vezes sinto uma pontinha de inveja quando alguma amiga, que tem um filho só, diz que o bebê dormiu e que ela vai dormir também. Quando se tem dois filhos pequenos e os dois dormem ao mesmo tempo, ufa, a mamãe tem que correr para fazer as coisas, caso contrário a casa e a vida pessoal, ficam de pernas para o ar. Nesse exato momento meus pimpolhos estão dormindo, eu até parei por 5 minutinhos para pensar em como eu iria aproveitar meu tempo. Decidi escrever para vocês. Foi uma feliz decisão, pois me sinto bem em dividir minhas experiências e também exercitar meu cérebro.
E para finalizar, apesar de algumas dificuldades que cada mãe possa ter pelo caminho, digo isso porque cada criança tem um temperamento e as coisas nem sempre saem como o planejado, mesmo com tudo, noites em claro, stress, rotina, ou a falta dela, tudo vale a pena. Pode ser difícil imaginar, mas o amor pelo segundo filho não diminui o amor pelo primeiro. Somos uma máquina de produzir amor. E a cada dia que passa amamos mais. Eles são nossos, são pedacinhos de nós andando por ai. Ter o segundo filho foi a melhor decisão da minha vida. Tenho certeza que eles me agradecerão no futuro.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Volta às aulas

 
Há duas semanas quando o Benício entrou de férias da escolinha eu pensei: meu Deus, como vou ficar com os dois bebês, maridão focado nos estudos, não vou dar conta! Claro que eu estou acostumada a ficar com os dois, afinal fico com eles todos os dias, porém no período da tarde o Beni sempre vai à escolinha.

Mas quer saber, quando me dei conta nesse fim de semana que as férias estavam acabando me deu uma dor no peito. Foi tão gostoso ficar com ele integralmente! Confesso que a casa ficou de cabeça para baixo, já que aproveito o período da escolinha para arrumar as coisas, mas isso não importa, não tem valor nenhum perto dos momentos maravilhosos com ele.

Brincamos na praia, corremos com bola, ele entrou na água de roupa e tudo, assistimos Patati Patata e Peppa bem mais que um milhão de vezes, nos abraçamos muito, ganhei beijos infinitos, demonstrações de carinho o tempo todo.

Hoje na hora de ir pra escolinha fiquei com o coração esmagado,  ele também estranhou e chorou. O bom é que daqui a pouquinho ele chega todo feliz por ter ficado com os amiguinhos, mexido em tinta guache, brincado no parquinho e tantas outras atividades que ele adora.

Fica aqui o registro do meu pimpolho prontinho p ir pra escolinha!
                                             

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Vamos falar sobre bullying?

Esses dias eu e meu marido assistimos o filme  “Grito de socorro”, exibido na Rede Globo . A história é sobre um menino que sofre  bullying na escola. Ficamos chocados com a forma como as coisas saem do controle. É claro que temos consciência de que essas situações acontecem , mas ver ali retratado em um filme é no mínimo de doer o coração. O filme era envolvente apesar de o final ser óbvio.  Ainda assim não conseguimos parar de assistir.
Crianças e adolescentes muitas vezes são cruéis com seus comentários e brincadeiras. O amigo gordo, a colega 4 olhos, a vara de taquara e por ai vai....muitos são os motivos. O que quero chamar atenção de vocês é para o comportamento dos filhos dentro de casa. Não sou psicóloga, nem nada do tipo, mas sou mãe e dói imaginar que um dos meus filhos possa passar por essa situação.
No filme estava claro o sofrimento do menino. Apesar das mentiras que ele contava para os pais, tudo estava acontecendo ali, bem embaixo do nariz deles. Acredito que estimular a conversa, participar da rotina dos filhos, estar disponível , frequentar o ambiente escolar já seja um bom caminho para eles terem confiança de ter uma conversa franca.

Nesse link da Rede Globo vocês podem assistir o trailer , além de ter mais informações sobre o filme.



 Ficha técnica:

Um Grito de Socorro (2013)
Título Original:
Spijt!
Elenco:
Nils Verkooijen, Robin Boissevain, Dorus Witte, Stefan Collier, Charlotte Bakker, Rick van Elk
Direção:
Dave Schram
Nacionalidade:
Holandesa
Gênero:
Drama


Depois volta aqui e deixa suas impressões. Um beijo

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Amamentação artificial , mista ou natural, sempre um ato de amor!

Quando estamos grávidas sempre pensamos nesse assunto, afinal nossos seios crescem, ficam doloridos e logo a gente já se imagina cheia de leite amamentando alegremente nosso bebê. Porém, quando estamos com nossos pequenos nos braços percebemos que nem tudo é tão bonito, nem tão colorido como pintam por ai. A verdade é que amamentar é um ato de paciência e amor e mesmo tendo esses ingredientes nem sempre a amamentação é bem sucedida. Vários são os motivos que podem levar uma mamãe a não conseguir amamentar e um deles, na minha opinião o mais importante de ser revelado, é o nervosismo. Situações externas, problemas no parto, parto cesárea, entre outros fatores podem sim fazer o leite demorar mais para “descer”. Portanto, fique calma! Alguns hospitais contam com pessoas especializadas para ajudar nessas situações, mas muitos não têm. Na correria de uma maternidade as enfermeiras acabam não perdendo tempo explicando para as mães como agir e nem como estimular o seio a ter leite. O encaixe perfeito do bebê também é fundamental para estimular a produção, além do que muitos bebês tem preguiça de sugar. 

No meu caso, com o primogênito Benício, foi tudo isso junto: parto complicado, hospital lotado (quando cheguei eu era a única paciente, já no dia seguinte mais 7 mulheres deram a luz!) e um bebê um pouco preguiçoso. Para fazer meu filho sugar era necessário segurar o bico do seio e colocar dentro da boca dele e ai quando desse pra sentir ele sugando os dedos com força, lentamente eles eram tirados e o bebê conseguia finalmente acertar a posição da mamada. Nessa hora a ajuda do papai foi fundamental, era ele quem fazia toda essa manobra (se você não tiver o parceiro por perto qualquer familiar pode ajudar). Fui embora do hospital sem conseguir amamentar direito e após 7 dias os familiares começaram a perceber que o bebê estava ficando mais magro. Corremos para o pediatra e para nosso espanto ele tinha perdido 1 kg. O normal é um bebê perder cerca de 10% do seu peso nesse período. Ele não estava mamando direito, e estava se acostumando a quase não comer. Decidi então tirar meu leite com a bombinha para garantir que ele estivesse protegido e alimentado e ai mais uma surpresa: eu quase não tinha leite. Entrei em desespero, só conseguia chorar. Além do mais me sentia culpada por não perceber que ele não estava se alimentando adequadamente. Comecei a dar leite materno seguido de uma mamadeira com fórmula, no caso Nan. Ele aceitou bem a mamadeira e não deixou de mamar no seio, porém, com o tempo foi mamando cada vez menos. Aos 5 meses naturalmente ficou apenas com o Nan.Com meu segundo bebê a história foi outra, mas o fim foi o mesmo. Pietro foi amamentado exclusivamente no seio até o terceiro mês, porém não conseguia alcançar o peso adequado para sua estrutura, era um bebê magro.Assim, comecei a alimenta-lo com fórmula , Nestogeno, aos 3 meses de vida. Em poucos dias ele não quis mais saber de se esforçar sugando o peito. 

É difícil aceitar que não temos leite o suficiente para alimentar nossos filhos, e nos sentimos mal,  até porque a sociedade cobra isso da gente. É muito constrangedor ver o comercial do Governo Federal falando sobre a importância da amamentação exclusiva até os seis meses do bebê, do ato de amor pelo seu filho. Ninguém  lembra de falar das dificuldades que é. Foi com muito esforço que amamentei meus filhos e ver eles mamando me dava muito prazer. Queria ter tido o privilégio da amamentação exclusiva materna, mas não foi possível. E isso não afastou meus bebês de mim, pelo contrário, Benício que desde o início tomou mamadeira  é um fofo, super carinhoso e apegado a mim. E o Pietro também. Então, não fique frustrada quando alguém na rua te perguntar se o seu bebê mama no peito, se você tem bastante leite ou se seu filho mama bem. Se não se sentir a vontade pra falar sobre o assunto desconverse. Se você amamentou exclusivamente no peito, que maravilha. Uma coisa é certa Amamentação natural, mista ou artificial é sempre um ato de amor, falta apenas às pessoas conversarem um pouquinho mais sobre isso. Um beijo

domingo, 20 de julho de 2014

Finalmente, um blog!

A ideia de ter um blog sempre fez parte dos meus pensamentos, porém como é algo que exige tempo e organização foi sempre ficando para depois. Eu pensava em vários temas: moda, jornalismo policial, um misto de tudo e nada me agradava. Até o dia que me tornei mãe. Como mãe de primeira viagem percorri vários blogs atrás de dicas que pudessem me orientar com os cuidados do meu bebê, e junto com as informações que eu colhia sempre vinham varias ideias de posts bacanas que ajudariam outras mamães com a minha experiência. Com um bebê de cinco meses nos braços, descobrindo um mundo novo onde ele era o protagonista descobri uma nova gravidez. Assim,  o blog foi ficando novamente pra depois. Foi ai, que agora, muito tempo depois surgiu o “pirei com dois”! Um espaço criado com muito amor e responsabilidade para todos interessados dividirem suas experiências sem medo e sem julgamento. Afinal nada melhor do que seguir seu instinto de mãe!